é essencial entender que tireoide e fertilidade têm uma relação direta. No Dia Internacional da Tireoide, celebrado em 25 de maio, especialistas alertam para os impactos hormonais causados por distúrbios dessa glândula, especialmente na saúde reprodutiva da mulher.
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A tireoide regula funções vitais de órgãos como o cérebro, fígado, coração e rins. No entanto, alterações como hipotireoidismo e hipertireoidismo podem comprometer a ovulação, desregular o ciclo menstrual e até aumentar o risco de aborto espontâneo.
Segundo o médico Marcelo Marinho, diretor da Clínica Fertipraxis no Rio de Janeiro, o excesso de TSH eleva a prolactina, hormônio que interfere diretamente no ciclo menstrual. Como resultado, surgem dificuldades para engravidar.
Além disso, a Tireoidite de Hashimoto é um distúrbio autoimune comum entre mulheres em idade fértil. De forma crônica, essa doença reduz a produção dos hormônios T3 e T4, essenciais para a fertilidade. Assim, podem ocorrer anovulação e menor qualidade dos óvulos.
Os sintomas iniciais incluem cansaço, pele seca, ganho de peso e irregularidades menstruais. Se não tratada, essa condição pode provocar sérias complicações na gravidez, como parto prematuro, pré-eclâmpsia e crescimento fetal restrito.
A boa notícia é que, com diagnóstico precoce e acompanhamento médico, mulheres com distúrbios da tireoide podem engravidar com segurança. A endocrinologista Carolina Ferraz, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), afirma que exames simples de sangue, como TSH, T3 e T4, além de ultrassonografia, garantem um diagnóstico preciso.
Em casos de hipotireoidismo, realiza-se a reposição hormonal. Já para o hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo ou cirurgia, conforme a gravidade.
