O Prêmio Periferia Viva abriu oficialmente o edital de sua terceira edição nesse sábado (14), durante evento na Associação dos Moradores de Heliópolis e Região (UNAS), em São Paulo. A iniciativa, promovida pela Secretaria Nacional de Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades, vai distribuir R$ 9 milhões em prêmios para valorizar projetos realizados nas periferias do Brasil.
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Com o tema “Periferia Viva é construção coletiva”, o prêmio tem como foco reconhecer e fortalecer ações desenvolvidas por moradores locais, com impactos reais em seus territórios. Serão premiadas 150 iniciativas populares, cada uma com R$ 50 mil; assessorias técnicas, que receberão R$ 30 mil; e entes públicos governamentais, que ganharão troféus de reconhecimento.
Inscrições e critérios de seleção
As inscrições para o Prêmio Periferia Viva começam no dia 16 de junho e seguem até 27 de julho. Os interessados devem cadastrar seus projetos por meio de formulário eletrônico disponível na plataforma Mapa das Periferias. Os candidatos precisam comprovar que suas iniciativas estão em andamento e que contribuem para o enfrentamento das desigualdades socioespaciais nas periferias.
De acordo com o secretário Guilherme Simões, o prêmio reconhece o papel ativo das comunidades em decisões importantes. “Destaca capacidades frequentemente ignoradas e responde ao engajamento de redes sociais que buscam melhorar a vida urbana periférica”, afirmou.
Exemplos de impacto na prática
Na edição anterior, projetos como a Okupação Cultural C.O.R.A.G.E.M. e o Quebrada Orgânica mostraram como o prêmio ajuda não só financeiramente, mas também na visibilidade e sustentabilidade das ações. Com o recurso, coletivos conseguiram realizar reformas, manter atividades, ampliar o diálogo com a comunidade e até comprar terrenos para expandir suas atividades.
Outro exemplo inspirador vem do Rio de Janeiro. O Museu de Favela do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, também contemplado em 2024, utilizou o apoio para fortalecer o Circuito Casas-Telas, com 27 grafites nas fachadas das casas, além de criar brinquedotecas e apoiar outras ações culturais.