A chegada do inverno vírus respiratórios reacendeu os alertas das autoridades de saúde pública. O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas 24 primeiras semanas de 2025 subiu 30% em relação ao mesmo período de 2024, conforme o Boletim InfoGripe, da Fiocruz.
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Esse aumento coincide com a chegada do frio, que favorece a circulação de vírus como influenza, coronavírus e VSR. A infectologista Silvia Fonseca explica que a maior permanência em ambientes fechados e com pouca ventilação facilita a transmissão por gotículas. Além disso, o ar seco e o frio irritam as vias respiratórias, tornando-as mais vulneráveis.
A influenza, por exemplo, causou 27% dos casos graves com diagnóstico positivo ao longo do ano. Nas últimas quatro semanas, esse número subiu para mais de 40%. Em relação à mortalidade, metade das mortes por vírus foram causadas por gripe, percentual que salta para 74,6% entre os diagnósticos recentes.
Vacinação reduz os riscos no inverno
A vacinação continua sendo a principal forma de proteção. Mesmo assim, segundo dados do Ministério da Saúde, menos de 40% do público-alvo se vacinou contra a gripe até o início do inverno. A vacina atual protege contra os subtipos A H1N1, A H3N2 e B, e tem alta eficácia em evitar internações e mortes.
Outros vírus também preocupam. A covid-19 ainda representa 30,9% dos óbitos por vírus este ano, embora os casos estejam em queda. Já o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por bronquiolite, foi o mais detectado entre os casos graves, com 45,3% das ocorrências, especialmente em crianças menores de dois anos.
A professora Andréia Neves reforça que medidas simples, como lavar as mãos, evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados, ajudam a conter a propagação dos vírus. Além disso, uma boa alimentação e hidratação fortalecem o organismo.
