O ato de Bolsonaro, realizado neste domingo (29), reuniu milhares de apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo. Com o tema “Justiça Já”, o evento criticou decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e exigiu penas mais brandas aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
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Desde o início da manhã, manifestantes chegaram com bandeiras do Brasil e faixas de apoio aos presos. Além disso, o ato também funcionou como reação à decisão do STF que tornou Jair Bolsonaro e outros 30 aliados réus por tentativa de golpe após as eleições de 2022.
Líderes políticos reforçam discurso nacionalista
O ato de Bolsonaro contou com forte presença política. Entre os presentes estavam os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Cláudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC) e Romeu Zema (MG), além de diversos parlamentares da base bolsonarista.
Com forte apelo religioso, os discursos retomaram o lema “Deus, pátria e família”. Conforme os organizadores afirmaram, o objetivo era fortalecer a mobilização contra o que chamam de “perseguição política”.
Embora evite ataques diretos ao STF, Tarcísio criticou o governo Lula. Segundo ele, o país enfrenta dificuldades econômicas causadas por má gestão. “Quem paga essa conta é o pequeno empresário”, disse.
Bolsonaro critica STF e mira eleições
No encerramento, Jair Bolsonaro subiu ao palanque e discursou por cerca de 30 minutos. Primeiramente, ele relembrou momentos marcantes de sua gestão, como a pandemia e a tragédia de Brumadinho.
Logo depois, mudou o tom e fez críticas duras ao STF. Afirmou que o inquérito contra ele busca eliminá-lo da vida pública. Conforme suas declarações, a esquerda armou os atos de 8 de janeiro e destruiu provas de sua inocência.
Além disso, Bolsonaro classificou as penas aplicadas aos manifestantes como desproporcionais. “Me deem 50% da Câmara e do Senado que eu mudo o destino do Brasil”, concluiu.