Durante a 17ª Cúpula de Líderes, realizada neste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, os países do Brics divulgaram a Carta do Rio de Janeiro, documento que reforça o Brics combate à discriminação em nível global. O grupo destacou a importância de defender os direitos humanos e promover a igualdade em todas as esferas da sociedade.
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Declaração Final do Brics destaca papel do Sul Global
A declaração final inclui um capítulo específico sobre o tema, reafirmando o compromisso com o respeito mútuo e a cooperação entre os países. Além disso, condena todas as formas de preconceito, incluindo racismo, xenofobia e intolerância religiosa.
Brics combate à discriminação e defende inclusão
O documento enfatiza a urgência de enfrentar discursos de ódio, desinformação e ataques à liberdade de crença. Conforme os líderes afirmaram, os direitos humanos devem ser respeitados tanto nas políticas nacionais quanto na governança global.
Os países também destacaram o empoderamento feminino e a necessidade de participação plena das mulheres em todos os níveis da sociedade. Como resultado das discussões lideradas pelo Brasil, o grupo abordou os impactos da misoginia digital e da desinformação online contra mulheres.
Além disso, a carta defende a valorização da cultura dos países do Sul Global e propõe medidas para fomentar as economias criativas. O texto reconhece ainda a relevância da devolução de patrimônios culturais aos seus países de origem.
Inteligência artificial, clima e justiça social
Outro tema presente na declaração foi a Inteligência Artificial. O grupo vê potencial na tecnologia, mas alerta para riscos como o desemprego e a ampliação da desigualdade. Por isso, propõe o uso da IA com responsabilidade, de forma ética e inclusiva.
A quatro meses da COP30, que ocorrerá em Belém, o Brics reforçou seu compromisso com o financiamento climático e a redução de riscos de desastres. Segundo o bloco, o Sul Global deve estar no centro das soluções sustentáveis.
