Conecte com a gente

Olá, o que você está procurando?

Justiça

Justiça condena Parelhas a pagar R$ 400 mil após mulher perder olho em mutirão

Idosa perde globo ocular após mutirão de cirurgias em Parelhas. Município foi condenado a pagar R$ 400 mil por danos morais e estéticos.
Foto: © Pref de Três Barras SC/Divulgação/Direitos Reservados

A Vara Única da Comarca de Parelhas proferiu a primeira sentença relacionada ao mutirão de cirurgias oftalmológicas realizado pelo município em setembro de 2024. A Justiça determinou o pagamento de R$ 400 mil em indenização a uma mulher que perdeu o globo ocular após complicações no pós-operatório.

Leia também:
Mutirão de cataratas em Parelhas: Sesap aponta possível falha de higienização e esterilização nos procedimentos

O juiz Wilson Neves de Medeiros Júnior fixou a quantia em R$ 200 mil por danos morais e R$ 200 mil por danos estéticos. A decisão levou em conta a extensão do trauma psicológico e a visibilidade da deformidade, que causou à autora da ação baixa autoestima e isolamento social.

Paciente relatou dor e não recebeu exames na rede pública

A mulher contou à Justiça que participou do mutirão promovido pela Prefeitura de Parelhas, com cirurgias realizadas por uma empresa terceirizada na Maternidade Dr. Graciliano Lordão. No dia seguinte à cirurgia, ela retornou ao hospital com dor intensa e secreção, mas não recebeu atendimento adequado, nem foi submetida a exames complementares.

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

Sem melhora, buscou dois médicos particulares em municípios diferentes. Ambos diagnosticaram endoftalmite, uma infecção grave dentro do olho, e indicaram cirurgia de urgência. Quatro dias após o procedimento inicial, o globo ocular estourou e ela precisou passar por evisceração, ou seja, retirada total do olho.

Município é responsabilizado por negligência no serviço

O magistrado embasou sua decisão na Constituição Federal (art. 37, §6º) e no Código Civil (art. 43), que preveem a responsabilidade objetiva do poder público por falhas de prestadores contratados.

A sentença destacou ainda que ao menos 17 pacientes tiveram diagnósticos semelhantes após o mutirão, reforçando a falha sistemática no serviço e a negligência na fiscalização da empresa responsável.

“O dano sofrido possui nexo de causalidade com a conduta negligente do réu, que não fiscalizou adequadamente o serviço médico prestado”, afirmou o juiz Wilson Neves.

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

Notícias relacionadas

Saúde

O Ministério da Saúde definiu as diretrizes para o uso da nova vacina contra a dengue, o primeiro imunizante de dose única do mundo,...

Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde realizou o bloqueio vacinal em Natal após a confirmação de dois morcegos positivos para o vírus da raiva no...

Saúde

O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (8), o fim da Sala de Situação do metanol, criada em outubro para monitorar o surto de...

Saúde

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou o registro do imunizante contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, no Diário Oficial da União...

Publicidade

Copyright © 2025 TV Ponta Negra.
Desenvolvido por Pixel Project.

X
AO VIVO