A Justiça do Rio de Janeiro manteve, nesta quarta-feira (23), a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, após audiência de custódia realizada no final da tarde. O artista continuará detido na Penitenciária Dr. Serrano Neves, no Complexo de Gericinó, em Bangu, onde permanece em cela individual.
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Oruam será indiciado por ligação com facção criminosa
A juíza Rachel Assad da Cunha, responsável pela audiência, considerou que a prisão ocorreu de forma legal, sem sinais de abusos ou maus-tratos. A defesa do cantor entrou com pedido de habeas corpus, que ainda será analisado.
Cantor é acusado de tráfico e associação criminosa
Oruam se entregou à polícia na terça-feira (22), após o Tribunal de Justiça expedir mandado de prisão preventiva contra ele. A decisão veio após um episódio de confronto com policiais na porta da mansão do rapper, localizada no Joá, zona oeste do Rio.
O artista foi indiciado por sete crimes, entre eles tráfico de drogas, associação ao tráfico, desacato, ameaça e lesão corporal. O Ministério Público do Rio de Janeiro afirma que a residência do cantor servia como refúgio para criminosos foragidos, com vínculos diretos com o Comando Vermelho, facção da qual o pai dele, Marcinho VP, é apontado como líder.
Confronto com a polícia e pedido de desculpas
Em entrevista ao SBT, antes de se entregar, Oruam negou qualquer envolvimento com o crime. “Não sou bandido, tudo o que eles querem é que eu fique aqui, mas eu não sou bandido, então vou me entregar”, declarou. O cantor admitiu que atirou pedras e xingou policiais, incluindo o delegado da DRE, Moysés Santana, mas alegou que não sabia do que se tratava a ação policial. Os agentes estavam no local para apreender o adolescente “Menor Piu”, de 17 anos, acusado de tráfico.
O Ministério Público destacou que essa é a segunda vez que um foragido é encontrado dentro da mansão do rapper. Em fevereiro, o traficante Yuri “Batata” Gonçalves foi preso no local com uma pistola de uso restrito e numeração raspada.
Declarações da polícia e rotina no presídio
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, classificou Oruam como “um bandido da pior espécie”, afirmando que ele é associado ao Comando Vermelho e tem ligações diretas com o pai, mesmo preso em outro estado. Segundo Curi, “não há mais dúvidas sobre o verdadeiro papel de Oruam na organização criminosa”.
Na penitenciária, o rapper está isolado dos demais detentos e recebeu alimentação padrão, com quatro refeições diárias. Segundo a Seap, a transferência de Benfica para Bangu foi uma decisão administrativa, sem detalhamento dos motivos.
Com informações do SBT News
