O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA repete o “modus operandi golpista” dos atos de 8 de janeiro de 2023. Durante a sessão de abertura do STF na sexta-feira (1), Moraes declarou que o deputado federal tenta, junto ao governo norte-americano, prejudicá-lo e obter anistia para seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Em tom incisivo, o ministro afirmou que “a tentativa de desestabilização segue o mesmo roteiro: acampamentos, comoção nacional e ataque às instituições”. Além disso, ele mencionou ações para estimular crise econômica e social, criando um cenário favorável a novos ataques à democracia.
Eduardo Bolsonaro nos EUA e as articulações políticas
Desde março, quando se licenciou do mandato, Eduardo Bolsonaro nos EUA intensificou articulações políticas. Segundo Moraes, essas iniciativas envolvem pressão externa, inclusive apoio a sanções econômicas ao Brasil. O ministro chamou de “traidores da pátria” os que colaboram com medidas prejudiciais ao país.
Sem citar nomes, ele disse que há “atos executórios de traição”, como coação no curso do processo, obstrução de investigação e atentado à soberania nacional. A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) reforçou essa denúncia ao protocolar uma ação no STF com acusações formais contra o deputado.
Além de Moraes, outros ministros do STF, como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, além do procurador-geral Paulo Gonet, também se manifestaram contra as ameaças às instituições democráticas.
Apesar da ofensiva liderada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, analistas acreditam que as sanções aplicadas por Donald Trump contra Moraes terão pouco impacto prático.
