O cantor Arlindo Cruz terá seu velório neste sábado (9), a partir das 18h, na quadra do Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio. A cerimônia será aberta ao público e seguirá o formato de gurufim, uma tradição que mistura música e celebração com o luto.
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Arlindo Cruz, que morreu aos 66 anos nesta sexta-feira (8), estava afastado dos palcos desde 2017, quando sofreu um AVC hemorrágico. Ele deixa três filhos: Arlindinho e Flora Cruz, de seu casamento com Babi Cruz, e Kauan Felipe.
Dessa forma, o artista teve papel central na modernização do samba de raiz. Nos anos 1980, ao lado do grupo Fundo de Quintal, incorporou novos instrumentos e arranjos, ajudando a popularizar o gênero. Além disso, cresceu cercado por rodas de samba e blocos de carnaval em Madureira, já que seu pai foi músico e tocou com Candeia.
Recentemente, sua história foi retratada na biografia O sambista perfeito: Arlindo Cruz, do jornalista Marcos Salles, lançada na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. A obra revisita desde a infância até o período anterior ao AVC, revelando episódios pouco conhecidos e sua contribuição para o samba.
Autor de clássicos como Meu Lugar, O Show Tem Que Continuar e O que é o Amor, Arlindo será lembrado como símbolo de resistência cultural. Acima de tudo, sua música continuará ecoando nas rodas de samba do Brasil, mantendo viva a essência de sua arte.
