O senador Marcos do Val nega ter firmado qualquer “acordão” com o ministro Alexandre de Moraes. A declaração ocorreu em uma live no YouTube nesse sábado (30), um dia após o Supremo Tribunal Federal suspender parte das medidas cautelares impostas contra ele. Segundo o parlamentar, a decisão resultou de parecer da advocacia do Senado e de pressões internacionais.
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Moraes derrubou as restrições que incluíam uso de tornozeleira eletrônica e bloqueio de contas bancárias. No entanto, manteve a retenção do passaporte e a proibição de o senador deixar o país.
Senador critica medidas impostas
Durante a transmissão, Marcos do Val relatou que sofreu “perseguição política”. Ele afirmou que teve bloqueados salários, verbas de gabinete, cartões bancários, redes sociais e até o CPF. Além disso, lembrou da apreensão do passaporte e de equipamentos de trabalho.
O parlamentar destacou que nenhuma denúncia formal existe contra ele. “Não tenho denúncia, não tenho processo, não tenho ação contra mim. Mesmo assim, sofri bloqueio de salário, de verbas e até de redes sociais”, disse.
Postagem polêmica e defesa pública
Depois da live, o senador publicou um vídeo em suas redes sociais correndo em uma esteira. Ele vestia colete militar e portava uma arma de fogo. Na legenda, reforçou que não negociaria “honra e história” em troca de um suposto acordo.
Além disso, o parlamentar negou rumores de afastamento do mandato. Ele explicou que protocolou licença de 30 dias para acompanhar o tratamento da mãe contra o câncer, a recuperação do pai após cirurgia e a rotina da filha. Ressaltou também que não haverá suplente nem processo no Conselho de Ética.
Apoio político e pressão internacional
Conforme relatou, a decisão do STF contou com articulação de Davi Alcolumbre (União-AP) e apoio de senadores como Magno Malta, Eduardo Girão, Flávio Bolsonaro e Esperidião Amin. Segundo ele, pressões de parlamentares estrangeiros, inclusive dos Estados Unidos, também influenciaram o resultado.
