O presidente da Coreia do Sul se manifestou neste sábado (6) após a prisão de centenas de cidadãos sul-coreanos nos Estados Unidos. A operação ocorreu em uma fábrica de baterias da Hyundai, no estado da Geórgia, e deixou Seul em alerta.
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Segundo o governo, mais de 300 sul-coreanos foram detidos durante a batida de imigração, que envolveu agentes fortemente armados, helicópteros e veículos blindados. Imagens divulgadas pelo Departamento de Imigração e Alfândega mostraram trabalhadores algemados sendo levados para ônibus.
Presidente da Coreia do Sul cobra explicações
Lee Jae Myung ordenou que todos os esforços sejam concentrados no atendimento aos cidadãos presos. Além disso, determinou que a chancelaria acompanhe o caso de perto. O ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, afirmou que poderá viajar a Washington caso seja necessário abrir negociações diretas.
“Estou profundamente preocupado. Sinto uma grande responsabilidade pelas prisões de nossos cidadãos”, declarou o ministro durante reunião emergencial. Como resultado, o governo sul-coreano montou uma equipe especial para monitorar cada etapa do processo.
Tensões diplomáticas em alta
O episódio aumenta a pressão sobre a relação entre os dois países. Conforme analistas, o caso pode gerar novos atritos entre Seul e o governo Trump, que já discutem divergências em torno de um acordo comercial bilionário. Em contraste, a Coreia do Sul tenta preservar os investimentos de mais de US$ 350 bilhões no território norte-americano.
No entanto, a ação da imigração reforça a política de linha dura de Trump contra estrangeiros. Autoridades relataram que essa foi a maior operação em um único local na história do Departamento de Segurança Interna dos EUA.
Assim, o governo sul-coreano sinalizou que não aceitará passividade diante do episódio. Acima de tudo, a prioridade de Seul é proteger seus cidadãos e cobrar explicações formais de Washington.
