O senador Flávio Bolsonaro na Itália participou, neste domingo (21), de um evento do partido A Liga, liderado pelo vice-premiê Matteo Salvini. Durante o discurso, o parlamentar brasileiro fez duras críticas ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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Segundo Flávio, o Brasil teria perdido sua soberania com a esquerda no poder. Ele afirmou que a China estaria “comprando o Brasil inteiro” e reforçou que a direita continuará lutando para evitar o avanço do comunismo no país.
Críticas ao STF e defesa da família Bolsonaro
Ainda em sua fala, o senador comparou o STF a uma “corte de cassação” e, sem citar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, disse que sua família sofre perseguição política. Ele destacou que seu irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vive exilado nos Estados Unidos.
Flávio também citou a Lei Magnitsky, sancionada pelo ex-presidente Donald Trump, para reforçar as críticas a Moraes. Conforme o senador, o ministro teria ultrapassado os limites ao condenar Jair Bolsonaro e outros políticos de direita por atos considerados antidemocráticos.
Pedido à Itália sobre extradições
Durante o evento, Flávio Bolsonaro pediu que a Itália não aceite a extradição da deputada Carla Zambelli e do ex-assessor do TSE, Eduardo Tagliaferro. Ele alegou que ambos correm risco de perseguição caso retornem ao Brasil.
Em tom de alerta, Flávio afirmou que Zambelli poderia “morrer na cadeia” se voltasse. A parlamentar cumpre prisão preventiva em território italiano enquanto aguarda decisão sobre o pedido de extradição feito pelo STF.
Condenações de Zambelli
Zambelli acumula duas condenações que somam mais de 15 anos de prisão. A mais recente, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, ocorreu às vésperas das eleições de 2022. Em maio, ela também foi sentenciada a 10 anos de prisão pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Já Tagliaferro é acusado de vazar informações do gabinete de Moraes quando este presidia o TSE.