O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi liberado nesta segunda-feira (29) no Rio de Janeiro, três dias após o STJ conceder liminar determinando sua soltura. O músico estava detido desde julho, investigado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
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A Justiça impôs condições para que Oruam responda ao processo em liberdade: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de frequentar o Complexo do Alemão e distância mínima de 500 metros do adolescente Thallys, envolvido em um dos processos que motivaram sua prisão.
O rapper foi preso após uma operação da Polícia Civil no Joá, na Zona Oeste do Rio, onde confrontou agentes ao tentar impedir a detenção do adolescente. Em entrevistas, Oruam negou envolvimento com o crime organizado e afirmou que tudo que conquistou foi com a música.
O Ministério Público, porém, aponta que a residência do artista teria se tornado refúgio de criminosos foragidos e reforça que ele mantém vínculos com lideranças do Comando Vermelho, sendo considerado um “agente articulador” do tráfico. Apesar das acusações e do histórico familiar – Oruam é filho de Marcinho VP, chefe do Comando Vermelho –, o rapper mantém presença ativa nas redes sociais e segue carreira musical com mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify.
