Diante do aumento de casos suspeitos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) lançou uma série de medidas emergenciais em apoio aos estados e ao Distrito Federal.
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Por meio do Programa Nacional de Integração de Dados Periciais sobre Drogas (PNIDD), a estrutura da Polícia Federal foi colocada à disposição das Polícias Científicas estaduais, incluindo a capacidade técnica de identificar o chamado “DNA do metanol”, permitindo diferenciar se a substância tem origem vegetal ou de combustíveis fósseis.
O Instituto Nacional de Criminalística da PF será responsável pelos exames avançados de isótopos estáveis, essenciais para rastrear a origem do metanol em amostras contaminadas.
Medidas e cooperação nacional
Entre as ações anunciadas pelo MJSP estão:
Fortalecimento da rede nacional de Polícias Científicas, compartilhando dados de inteligência pericial;
Transporte de amostras suspeitas e disponibilização de 49 unidades da PF como pontos de coleta;
Suporte técnico e capacitação de peritos estaduais para detecção e quantificação de metanol;
Orientações para verificação de embalagens, rótulos e lacres;
Aplicação de técnicas de Epidemiologia Forense para análise de óbitos e casos de intoxicação.
O objetivo é identificar padrões, estabelecer vínculos de causalidade e aprimorar a resposta investigativa a ameaças à saúde pública.
PNIDD e SAR
O PNIDD integra redes de perícia federal e estaduais, ampliando capacidade e qualidade na análise química, toxicológica e epidemiológica. O programa complementa o Sistema de Alerta Rápido (SAR), responsável por monitorar a circulação de novas substâncias psicoativas no país, tornando públicos os casos de intoxicação por metanol.
As ações do MJSP reafirmam o compromisso com a proteção da população e a atuação articulada das forças de segurança diante de emergências de saúde pública.
