Uma mulher diz ter matado o pai após flagrar o homem abusando de sua filha de seis anos, em Carnaúba dos Dantas, no Seridó potiguar. Ela procurou a delegacia na manhã desta terça-feira (3) e relatou que o caso ocorreu durante a madrugada, dentro da casa da família.
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De acordo com o sargento Dantas, da Polícia Militar, que acompanhou a ocorrência, a mulher afirmou inicialmente que havia matado o pai, que também é avô da criança, dentro de casa, e que teria enterrado o corpo em um terreno próximo. A equipe da polícia acionou a Delegacia de Polícia Civil e se deslocou ao endereço indicado.
Ao chegar ao local, a mulher mudou a versão. Segundo o sargento, ela passou a dizer que o homem não morreu e que teria saído pedindo socorro pelas ruas. “Ela disse primeiro que tinha matado e enterrado. Depois disse que ele saiu pedindo apoio, pedindo socorro, andando pela rua, e não sabia para onde ele foi”, relatou.
A PM segue realizando buscas para localizar o homem, que agora é tratado ao mesmo tempo como possível autor do abuso e possível vítima da agressão relatada pela filha. Até o início da tarde, porém, não havia confirmação sobre seu paradeiro.
O sargento informou ainda que a polícia recebeu indicações de um possível local onde o corpo estaria enterrado, mas que a informação ainda seria verificada. A residência onde o fato teria ocorrido também foi vistoriada. O local permanece isolado para que a Polícia Científica do Rio Grande do Norte possa realizar a perícia.
“Ela está emocionalmente abalada e ainda não foi ouvida formalmente”, diz advogado da mulher
De acordo com o advogado da suspeita, Itamário Bezerra, sua cliente não está em condições de prestar informações claras sobre o ocorrido. “O caso está sendo apurado. Ela está emocionalmente abalada e ainda não foi ouvida formalmente pela polícia. Temos uma criança de seis anos que relata ter sido vítima de estupro. A revolta dela ao presenciar o abuso da filha será esclarecida no curso da investigação”, disse. Ainda conforme o advogado, sua cliente relatou o fato inicialmente apenas à própria mãe, que acionou a polícia.
A Polícia Militar e a Polícia Civil seguem apurando o caso para esclarecer as circunstâncias e confirmar o que realmente aconteceu.






















































