Conecte com a gente

Olá, o que você está procurando?

Brasil

Brumadinho: sete anos depois, persiste adoecimento e medo

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Brumadinho, sete anos depois, segue marcado por adoecimento físico e emocional, além de insegurança sanitária e econômica. A cidade mineira se aproxima do sétimo ano do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, que deixou 272 mortos e escancarou um dos maiores desastres socioambientais do país. Além disso, um estudo do Projeto Brumadinho, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), revela que 70% dos domicílios relatam algum tipo de adoecimento, o que reforça a persistência dos impactos.

Leia também:
Marco temporal no STF será retomado na quarta-feira (10)

Brumadinho sete anos depois expõe crise de saúde

O levantamento mostra que sintomas como estresse, ansiedade, insônia, hipertensão e depressão continuam recorrentes. Conforme o estudo, 52% dos adultos passaram por tratamento psicológico ou psiquiátrico desde a tragédia. Ao mesmo tempo, 76% dos moradores enfrentam dificuldades para acessar consultas, exames e tratamentos, situação que pressiona uma rede de saúde já frágil e sobrecarregada.

Por outro lado, a insegurança sanitária é uma constante. Segundo o levantamento, 77% das famílias têm medo de contaminação dos alimentos. Além disso, metais pesados — como arsênio, chumbo, manganês, mercúrio e cádmio — seguem presentes nas matrizes ambientais. A água permanece como maior fonte de risco: 85% relatam impactos no uso da água para consumo, enquanto 75% afirmam que o fornecimento e a qualidade ficaram comprometidos. A chamada “lama invisível” mantém o sentimento de desconfiança no dia a dia.

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

Representantes da Avabrum reforçam o cenário de sofrimento prolongado. Nayara Porto afirma que familiares desenvolvem doenças crônicas e enfrentam uso crescente de ansiolíticos. Já Josiane Melo destaca que o território vive instabilidade permanente e que “a vida não voltou ao lugar”.

Impactos econômicos ainda preocupam

Além dos danos à saúde, o estudo aponta perdas econômicas que continuam expressivas. Segundo o professor Ricardo Machado Ruiz, Brumadinho poderia perder entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões de PIB no longo prazo sem o acordo firmado em 2021. Depois disso, os recursos reduziram o prejuízo estimado para algo entre R$ 4,2 bilhões e R$ 5,4 bilhões, mas não eliminaram o impacto.

O pesquisador explica que a mineração sustentava grande parte da economia local. Depois do rompimento, a cidade passou a depender da reparação, o que reduziu danos imediatos, mas enfraqueceu pequenas empresas e atividades informais. Além disso, segundo ele, a recuperação futura depende de diversificação econômica consistente.

Anúncio. Rolar para continuar lendo.

Notícias relacionadas

Direitos Humanos

Os feminicídios no Brasil voltaram ao centro do debate público neste domingo (7), quando milhares de pessoas participaram do Levante Mulheres Vivas em Brasília....

Política

A reta final do Congresso promete uma semana intensa em Brasília. Depois da aprovação da LDO, parlamentares retomam as atividades com uma agenda cheia...

Polícia

Neste domingo (7), dois criminosos armados invadiram o prédio da Biblioteca Mário Andrade, no centro de São Paulo, e levaram obras de arte.  A...

Política

Flávio Bolsonaro preço passou a dominar a discussão política deste domingo (7) depois que o senador admitiu publicamente que pode desistir de sua pré-candidatura...

Publicidade

Copyright © 2025 TV Ponta Negra.
Desenvolvido por Pixel Project.

X
AO VIVO