Um jovem natalense de 22 anos será julgado por júri popular nesta quarta-feira (10), em Natal. Ele é acusado de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado pela morte de seu então companheiro, um francês de 56 anos, em Lisboa, Portugal, em 2019. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).
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Segundo o MPF, o réu matou o companheiro por asfixia e escondeu o corpo dentro da casa onde os dois moravam. O cadáver foi encontrado na despensa do imóvel após o proprietário acionar o Corpo de Bombeiros, já que não conseguia contato com a vítima para cobrar o aluguel.
Furto de itens de alto valor
Além do homicídio, o potiguar também responderá por furto qualificado. Ele teria se apossado e vendido bens de alto valor pertencentes ao francês, incluindo um relógio Rolex negociado por cerca de R$ 18 mil na época. O réu ainda repassou itens de estoque da loja do companheiro, como malas, cintos e sapatos, somando mais de R$ 9 mil.
As investigações indicam que, mesmo após fugir para Natal, o jovem continuou tentando despistar autoridades e conhecidos da vítima. Para isso, manteve as redes sociais do francês ativas, fazendo publicações, enviando mensagens e realizando telefonemas.
Cooperação internacional e investigação
O caso chegou à Justiça brasileira depois que o Ministério Público português requisitou cooperação jurídica internacional. O réu foi encontrado em Natal, e o MPF passou a conduzir a investigação. A denúncia foi formalizada em agosto de 2024.
Como funciona o júri popular
No Brasil, crimes dolosos contra a vida são julgados em júri popular. O procedimento começa com o sorteio e a escolha do Conselho de Sentença, formado por sete jurados. Esses cidadãos comuns decidirão se o réu é culpado ou inocente. Somadas, as penas previstas podem chegar a 41 anos de prisão.
