Eduardo Bolsonaro afirma que decisões recentes da Câmara dos Deputados teriam ocorrido sob pressão do Supremo Tribunal Federal. Em entrevista concedida nesse sábado (20) ao programa News Noite, do SBT News, o ex-deputado federal declarou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), estaria sendo ameaçado pelo ministro Alexandre de Moraes, o que, segundo ele, teria impactado diretamente a condução de processos internos da Casa.
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De acordo com Eduardo, essa suposta pressão teria provocado uma mudança de postura de Motta em temas sensíveis. Conforme relatado pelo ex-parlamentar, o presidente da Câmara alterou posicionamentos anteriores, inclusive sobre a pauta da anistia. Além disso, Bolsonaro afirmou que foi impedido de assumir a liderança da Minoria, decisão que classificou como inédita e politicamente motivada.
Eduardo Bolsonaro e críticas à Mesa da Câmara
Durante a entrevista, Eduardo Bolsonaro declarou que Hugo Motta justificou a negativa com base na ausência física no Congresso. No entanto, segundo ele, líderes partidários não precisam registrar presença em plenário, o que tornaria a decisão contraditória. “Hugo Motta está sendo ameaçado por Alexandre de Moraes. Ele mudou de opinião sobre muitas coisas”, afirmou o ex-deputado, reforçando a crítica à condução da Mesa Diretora.
Até o momento, nem Hugo Motta nem o Supremo Tribunal Federal se manifestaram oficialmente sobre as declarações. No entanto, o episódio ampliou a tensão entre integrantes do Legislativo e do Judiciário, especialmente entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, a Câmara dos Deputados decidiu, na última quinta-feira (18), cassar os mandatos de Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem. Segundo a Mesa Diretora, os parlamentares ultrapassaram o limite de faltas não justificadas em sessões deliberativas ao longo de 2025, o que, conforme o regimento, pode resultar na perda do mandato.
Segundo Hugo Motta, o exercício do mandato exige presença no território nacional. Dessa forma, a Mesa publicou o prazo para que Eduardo apresente defesa em até cinco sessões. O ex-deputado vive nos Estados Unidos desde março, quando solicitou licença de 120 dias alegando perseguição política.
Depois disso, Eduardo não retornou ao Brasil e deixou de comparecer às sessões após o fim da licença, em julho. Em setembro, o PL tentou indicá-lo como líder da Minoria, mas, no entanto, a iniciativa foi barrada pela presidência da Câmara.






















































