O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou o Plano Pena Justa, uma iniciativa do governo federal em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), destinada a combater os problemas crônicos dos presídios brasileiros. A decisão foi tomada em sessão virtual encerrada na quinta-feira (19), como parte de uma ação que exige soluções para questões como superlotação e disputas entre facções.
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O plano foi apresentado ao STF em setembro deste ano, cumprindo uma determinação feita em outubro de 2023, quando a Corte declarou o estado de coisas inconstitucional no sistema penitenciário nacional. Com isso, a União e os estados ficaram obrigados a criar um plano para corrigir as graves falhas identificadas no setor.
Quatro eixos de ação
O Plano Pena Justa está estruturado em quatro eixos principais:
- Controle de entrada e ampliação de vagas no sistema prisional.
- Melhoria na qualidade dos serviços e das infraestruturas carcerárias.
- Reintegração social de ex-detentos.
- Medidas para evitar a repetição do estado de inconstitucionalidade, garantindo a regularidade no sistema.
Além disso, o plano estabelece indicadores e metas para os próximos anos, com objetivos detalhados a serem alcançados até 2025, 2026 e 2027.
Estado de crise
O STF determinou o plano em resposta a um longo histórico de falhas no sistema prisional brasileiro, com superlotação e violência sendo os problemas mais evidentes. O Plano Pena Justa busca uma reformulação estrutural e organizacional para humanizar o tratamento dos presos e melhorar a segurança.
