A licença de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Câmara dos Deputados termina neste domingo (20). O parlamentar havia solicitado 120 dias de afastamento por “interesses pessoais”, além de dois dias para “tratamento de saúde”. A partir desta data, qualquer ausência não justificada poderá gerar consequências legais. Se ultrapassar o limite permitido, Eduardo corre o risco de perder o mandato.
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Desde o início do afastamento, Eduardo permaneceu nos Estados Unidos. O pedido aconteceu dias antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornando-o réu por tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, o deputado criticou abertamente o STF e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) conduz uma investigação contra Eduardo por suspeitas de crimes cometidos no exterior. O inquérito apura se ele tentou interferir em decisões do Judiciário brasileiro, especialmente em processos envolvendo seu pai. De acordo com a PGR, o deputado pode ter atuado para coagir autoridades e obstruir investigações sobre organizações criminosas.
Retorno de Eduardo pode acirrar clima político
Assim, o retorno de Eduardo Bolsonaro à Câmara ocorre em um momento politicamente delicado. As investigações contra ele e as decisões judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro continuam em andamento. Certamente, a presença do parlamentar no Brasil deve reacender o debate político em torno da atuação da família Bolsonaro.
Durante o período de licença, Eduardo abriu mão do salário de R$ 46 mil. Ele foi eleito em 2022 com mais de 740 mil votos, sendo o terceiro deputado federal mais votado em São Paulo.
Dessa forma, a partir desta segunda-feira (21), o plenário da Câmara voltará a registrar sua presença. O desfecho das investigações e sua atuação parlamentar nos próximos meses devem influenciar diretamente o futuro político da família Bolsonaro.
