A defesa de Hytalo Santos protocolou, neste sábado (16), um novo pedido de habeas corpus Hytalo Santos na Justiça. O influenciador digital e seu marido, Israel Natan Vicente, foram presos preventivamente na sexta-feira (15), em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo.
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Segundo os advogados, o primeiro pedido não foi aceito devido ao horário da apresentação. Por essa razão, os defensores reapresentaram a solicitação, enquanto o casal participava da audiência de custódia online realizada no mesmo dia.
Além disso, os representantes legais criticaram a falta de acesso aos autos do processo. Conforme informado, o documento precisou ser redigido com base apenas em informações divulgadas pela imprensa.
Fontes ligadas ao caso apontaram, ainda, a possibilidade de o casal ser transferido para uma delegacia em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Dessa forma, a estratégia facilitaria a atuação da defesa.
Investigações e prisão preventiva
Hytalo Santos e Israel Natan são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). Conforme a denúncia, o influenciador promovia vídeos e fotografias envolvendo exploração de crianças e adolescentes em um condomínio localizado em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa.
De acordo com a promotora Ana Maria França Cavalcante de Oliveira, da 2ª Promotoria de Justiça de Bayeux, o influenciador praticava a chamada “adultização” de menores de idade. Ou seja, incentivava comportamentos de caráter sexualizado como forma de gerar engajamento digital e retorno financeiro.
Segundo a acusação, adolescentes eram incluídos em um grupo denominado “crias”, “filhas” e “genros”, vivendo sob tutela informal de Hytalo. Além disso, ele oferecia apoio financeiro a alguns desses jovens e suas famílias.
As investigações começaram em 2024, após denúncias de vizinhos sobre atividades suspeitas no local. O caso ganhou repercussão nacional quando o youtuber Felca publicou um vídeo denunciando a adultização de adolescentes em redes sociais.
O pedido de prisão preventiva foi aceito pela Justiça na quinta-feira (14), com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Como resultado, o Ministério Público justificou a medida para impedir novos crimes e evitar a destruição de provas, que, segundo a acusação, já teriam sido ocultadas desde o início do processo.
