O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Anderson Torres, tem até a segunda-feira (16) para se apresentar às autoridades de segurança do Brasil. O ex-chefe da pasta está no Estados Unidos e teve a prisão decretada após os ataques golpistas que aconteceram em Brasília no último domingo (8).
Segundo o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, o governo brasileiro vai entrar com pedido de extradição, caso Torres não retorne para o Brasil até a data prevista.
“Neste momento está acontecendo a oitiva do governador [Ibaneis Rocha]. Nós tivemos a realização da oitiva do militar que estava no comando no último domingo. Ele já apresentou sua versão quanto aos fatos. Nós tivemos o anúncio do senhor Anderson, que disse que ia se apresentar. Vamos aguardar até segunda-feira para que essa apresentação ocorra. Caso não ocorra, vamos realizar os procedimentos da extradição, já que houve o pedido de prisão”, afirmou Dino durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (13).
A pedido da Polícia Federal, a prisão de Torres foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Eleição de 2022 acabou”
Durante cerimônia que homenageou profissionais que atuaram contra os ataques golpistas do último domingo, Dino afirmou que é “preciso entender que a eleição de 2022 acabou”. O ministro ainda disse que “atentar” contra um governo legitimamente eleito “é crime”.
“Pelo amor de Deus, acabou a eleição de 2022. Entendam definitivamente isto. E se preparem para a próxima. Haverá outra em 2026. E nós, os vencedores de 2022, se perdermos em 2026, vamos respeitar democraticamente o resultado, como respeitamos em 2018”, declarou o chefe da pasta.
Ele falou que as manifestações criminosas resultaram em uma das maiores prisões em flagrantes do mundo e que milhões de reais foram subtraídos dos brasileiros.
Na mesma cerimônia, o ministro informou que ainda nesta sexta-feira irá ao STF para devolver à presidente da Corte, Rosa Weber, o exemplar da Constituição de 1988, que foi levado pelos bolsonaristas e recuperado posteriormente.
“Vamos ao STF, simbolicamente, restituir ao STF a Constituição subtraída. É uma das poucas assinadas pelos constituintes. Vamos devolver à ministra Rosa Weber”, declarou o ministro, que deve ir ao Supremo por volta das 14h30.
SBT News