O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania instituiu nesta quarta-feira (22) um grupo de trabalho para combater o discurso de ódio e o extremismo, propondo políticas públicas em direitos humanos sobre o tema.
Manuela d’Ávila, ex-candidata a vice-presidente da República de Fernando Haddad (PT) em 2018, será a presidente do grupo, onde contará com cinco representantes do ministério e 24 da sociedade civil, tendo nomes como o de Felipe Neto, youtuber e voz de destaque nas últimas eleições com forte oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL), e a jornalista Patrícia Campos Mello, que sofreu diversos ataques diretos do ex-presidente Bolsonaro.
Felipe Neto também participou da convenção “Internet for Trust” da Unesco nesta 4ª feira e palestrou em prol da construção de uma internet de confiança, agradecneod, via Twitter, a oportunidade. O Internet for Trust, que acontece na sede da agência, em Paris, trata a defesa de que as plataformas digitais sejam reguladas, para que elas garantam o funcionamento dos direitos humanos, da democracia e do Estado de Direito.
Os membros ainda irão realizar a primeira reunião para definir o calendário de trabalho e seus objetivos específicos, apresentando ao final, os resultados ao ministro. A portaria já foi assinada e publicada pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, no Diário Oficial da União (DOU) e estabelece que o grupo terá duração de 180 dias, mas podendo ser prorrogado.
O grupo terá o trabalho de assessorar Almeida nas questões associadas ao discurso de ódio e ao extremismo, além de realizar estudos para discutir as estratégias de combate e propor políticas públicas na área, e irá contar com a advocacia-geral da União, e os ministérios da Educação, Igualdade Racial, Justiça, Mulheres, Povos Indígenas e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República para participar das discussões e propostas do grupo.
