A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta sexta-feira (20), a Operação Última Milha, para investigar uso indevido do sistema de geolocalização (GPS) de dispositivos móveis, sem autorização judicial, por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A ação cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal. As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Segundo as investigações da PF, o sistema de GPS “é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira”. “A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, diz a corporação, em nota.
A PF ainda apura a atuação de dois servidores da Abin que teriam se aproveitado do conhecimento sobre a utilização irregular do sistema “como meio de coerção indireta para evitar a demissão”. Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
*Com informações do SBT News