O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a pedir que o Congresso aprove a lei que proíbe a venda de armas de assalto – fuzis semi-automáticos – no país. A declaração foi dada em um comunicado, divulgado na quinta-feira (26), no qual o democrata lamentou os tiroteios na cidade de Lewiston, em Maine, que deixaram ao menos 18 mortos.
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“Muitos americanos já tiveram um membro da família morto ou ferido como resultado de violência armada. Isso não é normal e não podemos aceitar isso. Hoje, na sequência de mais uma tragédia, apelo aos legisladores republicanos no Congresso para que cumpram o seu dever de proteger o povo americano”, escreveu Biden.
A lei que proíbe armas de assalto nos Estados Unidos expirou em 2004 e não foi renovada pelo Congresso por falta de um acordo entre os partidos Republicano e Democrata. Com o aumento significativo de ataques e tiroteios no país, Biden vem reforçando, desde o ano passado, o pedido para que a norma seja reavaliada pelos parlamentares.
Segundo balanço da Associated Press, em parceria com o USA Today e a Northeastern University, o tiroteio em Maine foi o 36º assassinato em massa no país apenas este ano, deixando ao menos 190 mortos. No caso de Maine, o agressor entrou em dois estabelecimentos, atirando contra funcionários e clientes.
“O Congresso deve trabalhar para aprovar um projeto de lei que proíba armas de assalto e carregadores de alta capacidade, para promulgar verificações universais de antecedentes, para exigir o armazenamento seguro de armas e acabar com a imunidade de responsabilidade dos fabricantes de armas. Isto é o mínimo que devemos a todos os americanos”, escreveu o presidente.
No comunicado, Biden pediu ainda que os moradores de Maine continuem com as portas trancadas e que sigam as orientações das autoridades locais. Isso porque centenas de policiais continuam procurando pelo atirador, que está foragido. O agressor foi identificado como Robert Card, de 40 anos, sendo descrito como reservista do Exército com histórico de problemas de saúde mental.