A representação do Partido dos Trabalhadores contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por campanha antecipada em ato na semana passada, em Cuiabá, no Mato Grosso, está servindo de munição para lideranças evangélicas, que são aliadas do Planalto, contra o ex-presidente Lula (PL).
A ação foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral na última 6ª feira (22.abr). O que provocou a ira de parte das lideranças evangélicas é que o PT cita na representação, além do presidente Jair Bolsonaro, dois religiosos: o presidente da Convenção das Assembleias de Deus no Brasil, pastor José Wellington Costa Júnior, e o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Bolsonaro esteve em dois eventos religiosos que aconteceram na capital do Mato Grosso há uma semana. Na ação, o PT cita trechos das falas do pastor e do parlamentar. No discurso para uma plateia onde estavam pastores de várias regiões do país, Sóstenes sugeriu que eles convençam os fiéis a votarem em deputados e senadores aliados do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente da Convenção das Assembleias de Deus afirmou que “Jesus cuidará da nossa nação através do nosso presidente e que os evangélicos representam 30 milhões de brasileiros que mostrarão, no mês de outubro, que Deus é conosco”.
Os evangélicos ligados ao Planalto estão usando a ação para, de novo, desgastar o PT e o ex-presidente Lula. O pastor Silas Malafaia gravou um vídeo em que diz que a ação por propaganda eleitoral antecipada é um sinal de Deus para que os evangélicos jamais votem na sigla. Nesta 3ª feira (26.abr), o ex-presidente Lula durante entrevista a jornalistas citou a comunidade evangélica e disse que durante os governos do Partido dos Trabalhadores os religiosos tiveram atenção e pleitos atendidos.
Fonte: SBT News
