Nos últimos dias, oftalmologistas de todo o Brasil têm relatado um aumento no número de casos que associam graves prejuízos oculares, incluindo cegueira, ao uso de pomadas para cabelo utilizadas para modelar e fixar penteados.
Só no domingo (5), as emergências da Fundação Altino Ventura (FAV), no Iputinga, Zona Oeste do Recife, e do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), na Ilha do Leite, área central, atenderam, juntas, cerca de 100 mulheres com dor e irritação nos olhos, pálpebras inchadas e dificuldade para enxergar.
O relato das pacientes é de uso de pomada para modelar e fazer tranças no cabelo. A informação é do oftalmologista Kayo Espósito, da FAV. “São pomadas que causam uma conjuntivite química. Só na FAV, foram 60 atendimentos ontem (domingo, dia 5)”, diz.
A maioria das pacientes apresentou os sintomas nos olhos, incluindo muita dor, após penteados feitos para ir a prévias carnavalescas. Geralmente, os sintomas são observados após a lavagem dos cabelos onde foi utilizado o produto ou depois do contato com água da chuva, banho de chuveiro, água de piscina ou do mar.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem investigado marcas e fabricantes relacionados às reações adversas, que já levaram milhares de pessoas às unidades de pronto atendimento em diversos Estados do Brasil.
A Anvisa publicou, nos dias 23 e 24 de janeiro, novas medidas de fiscalização para as pomadas capilares para trançar cabelos. As medidas têm relação com a investigação sobre a ocorrência de eventos adversos graves após o uso dos produtos. Todos esses produtos podem oferecer risco à saúde.
Qual pomada para cabelo causa cegueira?
Várias empresas, segundo a Anvisa, têm produtos que podem causar problemas graves aos olhos. Clique aqui para ver a lista.
“Caso você tenha adquirido algum desses produtos, não faça uso dele. Caso tenha em sua residência ou estabelecimento produtos para os quais foi determinado recolhimento, a recomendação é de que entre em contato com a empresa onde o produto foi adquirido, para verificar a forma de devolução”, orienta a Anvisa.
SBT Nordeste
