O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça- feira (7), que a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido de revogação da prisão preventiva de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Torres foi detido no dia 14 de janeiro, por suspeita de omissão nos atos golpistas que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, há exatamente um mês, no dia 8 de janeiro.
No despacho, Moraes acrescenta que a defesa de Anderson Torres solicitou que ele cumpra medidas cautelares em troca da detenção. O advogado Rodrigo Roca, que faz a defesa do ex-secretário de Segurança Pública do DF, usou uma decisão do próprio ministro do STF, que concedeu liberdade provisória para o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira, na sexta-feira (3), como um dos argumentos para pedir a liberação de Torres.
Anderson Torres é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposta “omissão dolosa” no ataque golpista de 8 de janeiro, que causou destruição nos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF. Ele nega as acusações e afirma que deixou o planejamento montado e que não competia a ele a definição do número de policiais.
Torres, que foi ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no início de 2023 e viajou de férias para Orlando, nos Estados Unidos, dois dias antes dos atos criminosos do dia 8. Ele foi detido após desembarcar no Brasil, em 14 de janeiro.
SBT News