“Ayronn fique quieto senão vou colocar você em um quarto escuro”. Essa teria sido a primeira frase que o jovem Ayronn Fernandes Câmara, 20 anos, ouviu de uma técnica de enfermagem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cidade Satélite, Zona Sul de Natal, no dia 31 de janeiro deste ano. Por não conseguir fazer sua rotina para dormir como faz em casa, devido ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e Transtorno do Espectro Autista (TEA), o jovem não estava conseguindo relaxar na unidade.
Ele foi levado à unidade por sua mãe, a dona de casa Alda Lúcia Martins Fernandes, por não estar se sentindo bem devido ter modificado os medicamentos há poucos dias. Em seguida, como mostra o vídeo, uma outra profissional de saúde tentou conter o jovem utilizando um suporte de soro.
“Ela chegou dizendo que era para eu sair da sala e chamou meu filho de doido. Em seguida, pegou o ferro e apontou para ele, não sei com qual intenção. Ele tentou se defender, mas meu filho é um jovem calmo, amoroso, não oferece perigo. Tinham outros pacientes na sala e ninguém saiu”, desabafou a mãe do jovem.
A equipe da TV Ponta Negra esteve na manhã desta sexta-feira (17), na UPA de Cidade Satélite, mas foi informada por um funcionário que a diretora da unidade está de férias e não havia ninguém autorizado para falar com a imprensa.
