A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fez 22 perguntas ao depoente desta terça-feira (11), o tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entretanto, não respondeu nenhuma delas.
Em todas, ele invocou o direito de permanecer em silêncio naquilo que eventualmente o incrimine. Eliziane Gama perguntou, pelo exemplo, se ele confessa que solicitou a inserção de dados falsos sobre vacinação no sistema do SUS; se confirma que familiares seus usaram cartão de vacinação falsificado por ele; se não sente culpa por ter aderido a movimentos extremistas; se havia a possibilidade de Bolsonaro utilizar cartão de vacinação falsificado para viajar a outros países que não os EUA após 31 de dezembro do ano passado; por que Bolsonaro não confiava no Alto Comando do Exército; o que significa o “Dosssss” do grupo com esse nome que aparece em conteúdo encontrado no celular de Mauro Cid; se todos os integrantes deste eram membros do sistema de operações especiais das Forças Armadas; por que o deputado federal Eduardo Pazzuelo e o Fabio Wajngarten for lhe visitar durante o período de prisão; se sente-se abandonado por Bolsonaro; e se tem interesse de colaborar com a CPMI.
Mauro Cid chegou por volta de 10h35 no auditório onde está sendo realizada a reunião da comissão, para depor. Antes da inquirição da relatora, fez um discurso em que destacou sua própria trajetória. Ele foi fardado à CPMI, e Eliziane chegou a dizer que “em nome da farda que está vestindo”, ele deveria dizer minimamente quem eram as pessoas presentes no grupo Dosssss. Ainda assim, permaneceu em silêncio. A reunião da CPMI foi suspensa por 1 hora.
SBT News