Yocheved Lifshitz, 85 anos, foi uma das duas idosas israelenses libertadas pelo grupo extremista Hamas nesta segunda-feira (23). Em entrevista concedida nesta terça-feira (24), a senhora afirmou ter passado por “um inferno” ao longo dos dias em que passou como refém do Al-Qassam, o braço armado do Hamas. Não pensamos que poderíamos passar por essa situação”, disse a idosa a jornalistas acompanhada da filha, Sharone Lifshitz, em um hospital em Tel Aviv.
Lifshitz atuava na Faixa de Gaza como ativista para ajudar palestinos e receberem tratamento médico em Israel. Ela foi capturada no dia 7 de outubro durante os ataques do Al-Qassam no kibutz Be?ri. Os reféns restantes incluem o marido de Yocheved, Oded Lifshitz, 83 anos. O cônjuge de Nurit Cooper, 79 – a outra refém libertada -, Amiram Cooper, 85, também segue sob poder dos extremistas.
A idosa relatou ter sido agredida no dia e levada na garupa de uma moto até chegar a um local na Faixa de Gaza onde foi colocada em um emaranhado de túneis subterrâneos onde relatou ter andado por vários quilômetros.
Em cativeiro, ela dividia espaço dentro de um dos túneis com 25 pessoas e, posteriormente, foi colocada em um grupo menor, com quatro reféns. Ela disse ainda que os reféns dormiam em colchões dentro da estrutura subterrânea e que apesar de ter sido agredida inicialmente, recebeu tratamento regular de médicos durante o encarceramento.
Lifshitz relatou ainda ter recebido a mesma alimentação dos combatentes do Hamas, com refeições à base de pepino e queijo.”Eles realmente cuidaram do lado sanitário para que não ficássemos doentes”, disse.
Durante a entrevista, a idosa afirmouq eu passou bem durante todo o tempo de cativeiro, mas que só vai ficar realmente tranquila quando todos os reféns forem soltos. Ela também fez críticas às Forças de Defesa de Israel (FDI), por entender que as tropas deveriam proteger com mais afinco a região sul das fronteiras israelenses. Segundo Lifshitz, as Forças Armadas de seu país não leveram a sério as ameaças do Hamas.
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