Horas após a vitória do Santos por 2 a 1 em cima do Coritiba, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) admitiu nesta sexta-feira (27) que o pênalti assinalado ao Coxa, do qual nasceu o seu único gol, foi equivocado. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães foi chamado pelo VAR Carlos Eduardo Nunes Braga para revisão, mas manteve a decisão de campo.
“Aos quatro minutos do primeiro tempo, em um ataque do Coritiba, a bola bate no braço de um jogador defensor, que está em posição natural e justificada para o movimento realizado durante uma disputa. Após esse toque, o árbitro marca pênalti. O VAR percebe que a posição do braço foi consequência do movimento e justificada pelas regras do jogo e corretamente recomenda uma revisão do lance, em virtude da ausência de infração. O árbitro principal, após análise, decide de forma equivocada pela manutenção de sua decisão oficial”, disse o locutor do vídeo divulgado pela CBF.
Ainda no material exposto pela entidade, é possível analisar a conversa entre Wagner e Carlos Eduardo. O VAR tenta alertar que o jogador “pega com o braço na bola, mas o movimento é totalmente natural”. Entretanto, o árbitro rebate: “Ele atrapalha. Era um passe e ele impede o camisa 19 de chegar na bola. Mesmo de costas, ele deixa o braço para trás e atrapalha”, disse.
Confira o que diz a regra sobre falta de toque de bola na mão ou braço
“Com a finalidade de determinar com clareza as infrações por toque na bola com a mão, o limite superior do braço se alinha com o ponto inferior da axila. Nem todos os contatos da mão ou do braço de um jogador com a bola constituem uma infração.
No entanto, cometerá uma infração o jogador que:
- tocar na bola com sua mão ou seu braço deliberadamente; por exemplo, deslocando a mão ou o braço na direção da bola;
- tocar na bola com sua mão ou seu braço quando estes ampliarem o corpo do jogador de maneira antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural quando a posição de sua mão ou seu braço não for consequência do movimento do corpo nessa ação específica ou não puder ser justificada por esse movimento. Ao colocar a mão ou o braço nessa posição, o jogador assume o risco de que a bola acerte essa parte de seu corpo e de que isso constitua uma infração;
- marcar um gol no adversário:
– diretamente com a mão ou o braço, mesmo que em uma ação acidental, incluindo por parte do goleiro da equipe atacante;
– imediatamente depois de a bola tocar na mão ou no braço, mesmo que de maneira acidental.”.
SBT News