A Faculdade São Leopoldo Mandic, uma das mais caras do país, expulsou do seu quadro de alunos, na sexta-feira (16), uma estudante de 18 anos, que matou a adolescente Isabele Guimarães Rosa em 2020. Em nota, a faculdade afirmou que, após uma apuração, foi constatado que a presença da aluna “gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico”. A jovem cursava medicina.
“Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), a Faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa”, destacou, em nota.
Ainda segundo o comunicado, a decisão também é calcada em princípios éticos para afastar qualquer risco à reputação da instituição.
“A Faculdade tem como nortes a estabilidade de sua comunidade, a dignidade acadêmica e o respeito aos princípios éticos que regem o ensino superior, para o que se faz necessário afastar riscos à reputação e imagem da Instituição, construída ao longo dos últimos 30 anos”, completa.
Em 2021, a autora do disparo foi indiciada pela Polícia Civil por ato infracional análogo a homicídio doloso, com intenção de matar. Ela passou cerca de 18 meses reclusa em uma unidade para menores infratores. Em junho de 2022, porém, após recurso apresentado pelos pais da jovem, a tipificação foi alterada para ato análogo a homicídio culposo, quando não há o intuito da morte, o que permitiu que a jovem ganhasse liberdade.
