O Ministério da Saúde avaliou casos de eventos supostamente atribuídos à vacinação contra dengue, que são ocorrências clínicas notificadas após o ato de vacinação. Segundo a pasta, esses registros não possuem necessariamente relação com a aplicação do imunizante Qdenga, mas é necessário fazer o monitoramento.
No universo de 365 mil doses aplicadas no País desde 2023, foram identificadas 529 notificações de eventos possivelmente associados à vacina Qdenga. Desse total, 16 casos de reações alérgicas graves. “Todas as pessoas estão recuperadas e passam bem”, informou a ministra Nísia Trindade, reforçando que os benefícios da proteção representam muito mais do que eventuais riscos.
Segundo o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Eder Gatti, mais de 80% dos eventos reportados são classificados como leves e corriqueiros.
Entre as 529 notificações, 70 foram de reações alérgicas à vacina, com 28 casos de hipersensibilidade imediata, 11 de reações locais, como vermelhidão e coceira, 10 de urticária e manifestações cutâneas, além 16 de alergia mais intensa ou anafilaxia (desses últimos casos, três apresentaram choque).
Foram distribuídas mais de 1,2 milhão de doses da vacina. Cerca de 250 mil doses foram aplicadas na rede pública de saúde. Neste primeiro momento, elas são destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses. A faixa etária de 10 a 14 anos, público-alvo da vacinação contra a dengue, é a que concentra a maior proporção de hospitalização pela doença.
