No Dia Mundial da Incontinência Urinária, celebrado em 14 de março, especialistas alertam para uma condição que afeta significativamente a qualidade de vida de aproximadamente 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos. Em entrevista, o renomado urologista Dr. Maryo Kempes destaca a importância de enfrentar o estigma e procurar tratamento.
A incontinência urinária, a perda involuntária de urina, atinge cerca de 5% da população global, incluindo desde crianças com enurese noturna até adultos mais velhos, com uma prevalência maior em mulheres de meia-idade devido à urgência miccional e em homens com o avanço da idade.
Dr. Kempes ressalta que a incontinência pode drasticamente afetar o desenvolvimento social e emocional das crianças, gerando isolamento e vergonha. Para os adultos, especialmente as mulheres, a condição pode levar a um severo declínio na qualidade de vida, restringindo atividades sociais e intimidade.
O especialista enfatiza que existem diferentes tipos de incontinência urinária, cada uma com suas causas e tratamentos específicos. A incontinência de esforço, por exemplo, frequentemente requer intervenção cirúrgica, enquanto a incontinência por urgência pode ser gerenciada com medicação contínua. Além disso, a fisioterapia pélvica apresenta-se como uma solução eficaz em casos leves ou como complemento ao tratamento.
Durante a entrevista, Dr. Kempes compartilhou histórias comoventes de pacientes, ilustrando o profundo impacto emocional e social da condição. Ele conclui com um apelo à ação para que as pessoas superem o tabu e busquem ajuda profissional, sublinhando que a incontinência urinária é uma condição tratável que não deve limitar a vida de ninguém.