A Polícia Federal no Pará desencadeou, nesta terça-feira (20), a operação Plenitude, visando investigar crimes relacionados à administração pública, ao sistema financeiro nacional e à lavagem de dinheiro. Estima-se que os valores envolvidos possam ter alcançado a quantia de R$ 1,7 bilhão, provenientes de licitações fraudulentas de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados ao saneamento urbano.
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Segundo a polícia, 155 agentes, em colaboração com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Receita Federal, cumpriram 49 mandados de busca e apreensão. Destes, 33 foram executados em Belém, enquanto os demais foram realizados em Benevides, Parauapebas, Ananindeua, Santa Maria do Pará e São Miguel do Guamá, além de um em Barueri, São Paulo, sendo este o único fora do estado nortista.
Além das investigações sobre o SUS, a operação visa apurar repasses indevidos a servidores públicos de diversas prefeituras paraenses, o uso de empresas fictícias (“laranjas”) e possíveis práticas de evasão de divisas, quando recursos públicos são transferidos para o exterior por meio de offshores situadas em paraísos fiscais. Outras unidades da federação estão sob escrutínio no contexto desse esquema. Como parte das diligências, bens dos investigados no valor máximo de R$ 1,7 bilhão foram apreendidos, com autorização da 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará, com o objetivo de restituir os valores supostamente desviados dos cofres públicos.
