A cada 90 segundos uma pessoa morre vítima de alguma doença provocada pelo alto colesterol. Segundo Carla Karini, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Rio Grande do Norte, as doenças cardiovasculares, entre elas o infarto e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são as doenças que mais matam no Brasil e no mundo.
Nesta quinta-feira (08), Dia Nacional do Combate ao Colesterol, a Sociedade Brasileira de Cardiologia faz um alerta da importância do tratamento.
“Quando a pessoa tem o colesterol alto, não espere o sintoma. É silencioso, porém, dentro dos vasinhos, das artérias do coração e do cérebro, está entupindo, estão sendo entupidos por esse colesterol alto, formando umas gorduras ali que podem levar ao infarto”, explica a médica.
Ainda conforme a cardiologista, até dezembro, haverá cerca de 400 mil mortes provocadas pelas doenças cardiovasculares.
Colesterol ruim
O colesterol ruim, o LDL, presente nas gorduras animais como carne vermelha, porco, os embutidos, linguiça, salsicha e em produtos industrializados, é um transportador do colesterol, responsável por facilitar o depósito de gordura na parede dos vasos sanguíneos. O que se acumula nas artérias, aumentando o risco de infarto e AVC. Ele consegue ser pior que o benefício do HDL (colesterol bom), responsável pelo transporte reverso do colesterol, retirando-o dos vasos sanguíneos, ajudando a limpar as artérias. Ambos são produzidos pelo fígado para a circulação sanguínea.
Sendo assim, quanto mais alto o LDL, pior será para a saúde do paciente.
Como controlar?
Os hábitos saudáveis, como atividade física diária alinhada a alimentação saudável e livre da gordura animal, rica em peixes, frutas, vegetais e cereais são fundamentais para proteger a saúde do coração.
A especialista enfatiza que, em alguns casos, será necessário o tratamento medicamentoso. Esse tratamento será de acordo com o risco cardiovascular do paciente. “O risco de você ter um infarto ou um AVC durante os próximos cinco ou dez anos, vai depender de cada paciente”, esclarece.
Colesterol alto em crianças
A médica Carla Karini orienta que é preciso dosar o colesterol de crianças na faixa etária dos 9 aos 11 anos. Em caso de histórico familiar de colesterol alto, como pai/mãe que tiveram infarto antes de completarem 50 anos, as crianças mais novas necessitam de investigação. “Quanto mais precocemente a gente prevenir, menor a chance daquela criança se tornar um adulto que vai ter essas doenças vasculares que são mortais”, afirma.
Deixando sedentarismo
A Sociedade Brasileira de Cardiologia orienta também que, para uma pessoa deixar o sedentarismo, é necessário realizar 150 minutos de atividade física moderada por semana, ou seja, cerca de 30 minutos de exercício físico por dia.
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