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Acidente em Vinhedos: dados das caixas-pretas são extraídos pelo Cenipa

Foto: Cenipa

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), informou que fez a extração das informações dos dois gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas, do Cockpit Voice Recorder (CVR – gravador de voz da cabine) e do Flight Data Recorder (FDR – gravador de dados de voo) da aeronave de matrícula PS-VPB, envolvida no acidente aeronáutico em Vinhedo (SP), na última sexta-feira (09) que vitimou 62 pessoas.

De acordo com o Cenipa, os equipamentos foram encaminhados na manhã do último sábado (10) para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LABDATA) do CENIPA, em Brasília (DF). A equipe técnica fez a extração e análise de dados de componentes de última geração embarcado nas principais frotas da aviação mundial.

O Cenipa confirmou a intenção e previsão de divulgar, no prazo estimado de 30 dias, o Relatório Preliminar com dados factuais do acidente aeronáutico.

Foto: Cenipa

O que continuam as caixas-pretas

Segundo o chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, por meio dos recursos do LABDATA, certificou-se que as caixas-pretas gravaram com sucesso os dados de voz e de voo referente à ocorrência em Vinhedo (SP). “Com relação ao CVR, está sendo realizado um estudo minucioso dos diálogos e sons estabelecidos na cabine e com o controle do espaço aéreo. Ainda, por meio do CVR, devem ser identificados os possíveis alarmes sonoros, cuja pesquisa pode requerer, se necessário for, uso de software de análise espectral do som. Por meio do FDR, já no início do processo, busca-se, após a extração e obtenção das informações gravadas nas caixas-pretas, a conversão dos dados eletrônicos binários em unidade de engenharia”, explica.

Foto: Cenipa

Extração do conteúdo da memória

Na medida em que a investigação avançar, os especialistas do LABDATA irão validar, por demanda, todos os parâmetros requeridos pela Comissão de Investigação. O trabalho de validação é realizado por meio de recursos tecnológicos físicos e lógicos de última geração, associados à documentação referente às atualizações de serviços, de componentes e de sensores presentes na aeronave envolvida no acidente. “Naturalmente, o trabalho requer qualificação excepcional de Recursos Humanos, demandando-se meticulosidade e precisão em todo processo, o que pode demandar uma grande variabilidade de tempo de resposta às indagações atinentes à investigação”, concluiu o Brigadeiro”.

Etapas seguintes: Com a conclusão da Ação Inicial, em Vinhedo (SP), na segunda-feira (12), a investigação agora avança para a fase de Análise de Dados. Neste estágio, serão examinadas as atividades relacionadas ao voo, o ambiente operacional e os fatores humanos, bem como um estudo pormenorizado de componentes, equipamentos, sistemas, infraestrutura, entre outros.

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