Uma pesquisa realizada pela Educa Insights revelou que 35% dos interessados em fazer uma graduação em 2024 no Brasil não começaram o curso por gastarem o dinheiro que usariam para os estudos com apostas on-line, como bets e jogo do tigrinho. Nas famílias com renda de até R$ 2,4 mil por pessoa, esse número chega a 39%. Quando se olha para os que ganham até R$ 1 mil per capita, vai para 41%.
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De acordo com o levantamento, as regiões com a maior porcentagem entre os que tiveram o início da faculdade comprometida por causa de gastos com apostas são Centro-Oeste e Norte, com 42%. Em seguida aparecem o Sudeste (36%), o Nordeste (34%) e o Sul (24%). Os dados mostram que 37% acreditam que precisarão interromper os gastos em apostas esportivas para conseguir iniciar a graduação em 2025.
A pesquisa, contratada pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), entrevistou 10,8 mil pessoas de todas as classes sociais que pretendem ingressar em alguma instituição particular de ensino superior.
Em 2023, o setor de apostas movimentou R$ 100 bilhões em 2023, segundo a consultoria PwC. Nas famílias de classe baixa, esses gastos representam 76% das despesas com lazer e cultura e 5% das com alimentação.
Novas regras
Nesta terça-feira (17), foi publicado no Diário Oficial da União que as empresas de apostas que ainda não pediram autorização ao Ministério da Fazenda vão ter atividades suspensas em todo o Brasil a partir de 1º de outubro, até conseguirem regularização junto à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA).
Entre outubro e dezembro, apenas as empresas que já estão funcionando e que solicitaram a autorização até a última segunda-feira (16) poderão continuar operando.
Nesse período, a Fazenda vai analisar os primeiros pedidos de autorização, e, a partir de 1º de janeiro de 2025, somente as bets que estiverem dentro das regras poderão operar no mercado regulado de apostas no Brasil.
SBT News
