O Governo do Rio Grande do Norte lamentou a rejeição da Federação dos Municípios do RN (Femurn) e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) à proposta de cofinanciamento apresentada para implantar o atendimento ortopédico de baixa e média complexidade na região metropolitana de Natal.
Leia também:
Superlotação no Walfredo Gurgel: imagens exclusivas revelam corredores cheios e crise no atendimento
Em nota, o governo explicou que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) atua como condutora das políticas públicas e, de forma complementar, é responsável por atender casos de alta complexidade em todo o Estado. A proposta rejeitada sugeria a criação de um consórcio, com o custo mensal de R$ 900 mil dividido entre o Estado e os municípios beneficiados.
O governo se comprometeria a arcar com 40% das despesas, enquanto os municípios participantes assumiriam os valores restantes:
- Parnamirim: R$ 199 mil
- São Gonçalo do Amarante: R$ 78,3 mil
- Macaíba: R$ 76,5 mil
- Ceará-Mirim: R$ 69,4 mil
- São José de Mipibu: R$ 69,2 mil
- Extremoz: R$ 45,5 mil
Segundo o governo, o modelo proposto já é adotado com sucesso em outras regiões do Estado, fortalecendo a cooperação interfederativa.
Investimentos estaduais em saúde
O governo destacou os esforços já realizados para apoiar os municípios na saúde pública, incluindo:
- Oxigenoterapia domiciliar: Atendimento a cerca de 580 pacientes por mês.
- Homecare: Investimentos contínuos nesse serviço.
- Cirurgias eletivas: R$ 1,6 milhão mensais no programa “Mais Cirurgias, Mais Saúde”, com procedimentos ortopédicos, gerais, ginecológicos e urológicos realizados em 15 unidades estaduais.
- OPME Ortopedia: Contratos de R$ 23,8 milhões para cirurgias ortopédicas em oito hospitais, resultando em 7.701 procedimentos.
- Além disso, o governo ressaltou melhorias na rede estadual, como a ampliação de hospitais, criação de mais de 100 leitos de UTI, contratação de mais de 4 mil servidores e recorde de cirurgias ortopédicas nos hospitais regionais.
Novo hospital metropolitano
Para desafogar o Hospital Walfredo Gurgel e ampliar a capacidade de atendimento, o Estado anunciou a construção do Hospital Metropolitano, com 350 leitos. A licitação está prevista para este ano. O governo também destacou a necessidade de novos hospitais municipais para suprir a falta de leitos de baixa e média complexidade sob gestão municipal.
O governo reafirmou seu compromisso com a saúde pública e a busca por soluções sustentáveis, ressaltando a importância da cooperação entre Estado e municípios para garantir uma assistência de qualidade à população.
