A governadora Fátima Bezerra recebeu, nesta terça-feira (3), a equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas do Rio Grande do Norte (CIOPAER-RN), que realizou o resgate de dois trabalhadores no topo de uma torre de energia eólica, em uma operação complexa e de alto risco.
O resgate ocorreu no dia 26 de novembro após incêndio no aerogerador de uma das torres do Parque Eólico Mel, no município de Areia Branca. O incidente deixou os trabalhadores isolados a mais de 60 metros de altura.
Na ocasião, a governadora reconheceu o ato de heroísmo da equipe. “Em nome do povo do Rio Grande do Norte, saúdo a equipe do efetivo do CIOPAER, que recentemente teve um gesto de bravura histórica. É um trabalho que merece todo o reconhecimento, pois se trata de um resgate complexo e raro”, afirmou Fátima Bezerra.
Foram recebidos na sala de reuniões da Governadoria, o diretor do CIOPAER, coronel Eduardo Franco e os segundos sargentos que estavam a bordo do helicóptero Potiguar 1: Eridson dos Santos Pinheiro Costa (piloto), Emerson Souza e Silva (piloto), Jaildomar Pinheiro Nascimento (operador aerotático), Flávio Leal de Castro (operador aerotático), Pedro Paulo Evaristo da Silva (operador aerotático). Também foi reconhecido o trabalho do primeiro sargento Francisco Horácio Pereira Pinto e do terceiro sargento Gustavo de Oliveira Souza, que atuaram no apoio logístico à operação do helicóptero.
RESGATE DIFÍCIL
O resgate em turbinas eólicas é extremamente desafiador. Primeiro, por conta da zona de turbulência ao redor da turbina. Além disso, há o risco de eletrocussão devido à eletricidade estática gerada pelo helicóptero. Outro fator crítico foi o incêndio, que poderia comprometer a estrutura da blade (pás), causando o colapso da turbina e colocando a aeronave em perigo.
A operação refletiu o alto grau de profissionalismo e preparo técnico do CIOPAER-RN, destacando o Rio Grande do Norte no cenário mundial. Trata-se de um feito extraordinário que salvou vidas e demonstrou excelência em operações aéreas de resgate em situações de risco extremo. Para contextualizar, em 2011, houve um incêndio em uma turbina eólica na Holanda. Na ocasião, havia quatro técnicos trabalhando: dois conseguiram escapar, mas os outros dois, que estavam na frente da turbina, não foram resgatados a tempo.
