A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do policial militar Vinicius de Lima Brito, que matou um jovem negro com diversos tiros pelas costas, no início do mês passado, em São Paulo. Gabriel da Renan da Silva Soares, de 26 anos, teria furtado pacotes de sabão em pó em uma unidade do mercado Oxxo, na zona sul da capital paulista, quando foi baleado pelo PM.
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O policial alegou legítima defesa, dizendo que Gabriel estava armado. Imagens das câmeras de segurança, porém, desmentiram a versão do PM.
Nos vídeos, é possível ver que Gabriel saiu correndo após o suposto furto e escorregou na porta do estabelecimento durante a fuga. O PM, que estava no caixa, percebeu e atirou em seguida, atingindo o jovem quando ele estava de costas.
O pedido de prisão feito pelo promotor Rodolfo Justino Morais, do Ministério Público, considerou que o crime foi um “homicídio qualificado, delito hediondo que gera medo e desassossego na comunidade local” e que os disparos com o Gabriel indefeso mostram “brutalidade na prática do delito”.
Além disso, ele argumentou que a morte provocada por Vinicius não foi um caso isolado e também baseou o pedido de prisão em reportagens, incluindo o SBT News, que mostra o histórico do militar em casos similares.
Entramos em contato com o advogado que representa Vinicius, mas não tivemos resposta. O espaço segue aberto e a reportagem será atualizada.
SBT News