A América Latina já é a região mais afetada pela demência em todo o mundo: 8,5% da população acima de 60 anos do continente sofrem com essa condição, e a tendência é que esse número aumente, com o envelhecimento da população.
Mas pelo menos 50% desses diagnósticos podem ser evitados no futuro. Essas são algumas das conclusões de uma pesquisa liderada pela faculdade de medicina da USP, em parceria com oito instituições, publicada no periódico acadêmico The Lancet.
O estudo diz, ainda, que evitar ou retardar consideravelmente o número de casos de demência só será possível com o tratamento dos fatores que levam a ela. Os pesquisadores levantaram dados de sete países: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Honduras, México e Peru.
Mas quais são esses fatores que levam à demência?
Segundo o estudo, são: nível de educação/escolaridade, hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo, depressão, isolamento social, perda auditiva, alcoolismo, traumas no cérebro, diabetes e até poluição atmosférica. Essas causas estão presentes em proporções diferentes em cada país da região.
No Brasil, a educação e a hipertensão são os dois fatores mais prevalentes na população diagnosticada com a doença de Alzheimer e ou outras demências. E ambos são evitáveis, podendo, por tanto, bloquear ou retardar o aparecimento da condição.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil, em 2016, tinha a quinta maior população idosa do mundo, e, para 2030, a projeção é que o número de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos.
SBT News