A pavimentação do Planalto foi tema central da audiência pública realizada nesta quarta-feira (24) na Câmara Municipal de Natal. O evento, proposto pelo vereador João Batista Torres (DC), reuniu autoridades, moradores e especialistas para discutir as precárias condições de infraestrutura do bairro, localizado na zona Oeste da capital potiguar.
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De acordo com o parlamentar, que mora há 18 anos no Planalto, apenas 30% das ruas do bairro contam com pavimentação e drenagem adequadas. Isso compromete diretamente a mobilidade e a saúde dos cerca de 40 mil habitantes, principalmente em períodos de chuva. “O bairro cresce todos os anos, mas os investimentos públicos não acompanham esse avanço. A população enfrenta lama, buracos e alagamentos diariamente”, destacou.
Durante a audiência, o ex-presidente do Conselho Comunitário, João Ferreira de Lima, afirmou que o percentual de vias pavimentadas é ainda menor. “Devemos ter no máximo 22% das ruas com infraestrutura. A maioria está intransitável”, lamentou.
Entre os convidados, o secretário adjunto da Seinfra, Rafael Dias, informou que já existem projetos prontos para o bairro. No entanto, a assistente do Ministério Público do RN, Ana Cláudia Lima, cobrou celeridade nos ajustes técnicos dos projetos apresentados pela Prefeitura. “O Planalto é um ponto crítico de drenagem em Natal”, afirmou.
O secretário da Semurb, Thiago Mesquita, explicou que as obras exigem recursos federais, com estimativas de custo superiores a R$ 150 milhões. Já a engenheira Joana Darc Freire, da UFRN, defendeu soluções sustentáveis e a ocupação responsável do solo urbano.
Além disso, vereadores como Cleiton da Policlínica, Daniel Santiago e Preto Aquino participaram do debate. Este último criticou a ausência da Caern, essencial para discutir o sistema de esgotamento sanitário.
A audiência foi aberta ao público e contou com intensa participação popular. Conforme o vereador João Batista, o evento marca um importante passo rumo à conquista de infraestrutura digna para o bairro. Como resultado, os moradores esperam que o poder público transforme as reivindicações em ações concretas.
