O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, na última quinta-feira (23), que o Brasil tem 2,4 milhões com autismo. O levantamento inédito mostra a realidade de brasileiros diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e destaca a urgência de ações voltadas à inclusão dessas pessoas.
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A pesquisa mostra que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram a maior parte dos casos. Só no estado do Rio, por exemplo, são quase 215 mil pessoas com autismo — o que representa 1,3% da população local.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TEA se caracteriza por dificuldades nas interações sociais e comportamentos repetitivos. Além disso, fatores como nascimento prematuro e exposição ao álcool na gestação aumentam as chances de diagnóstico. No entanto, a OMS reforça que não existe relação entre autismo e vacinas.
Inclusão e políticas públicas são urgentes
O dado de que o Brasil tem 2,4 milhões com autismo levanta um alerta importante: é preciso criar políticas públicas efetivas para acolher essas pessoas. Conforme explica Amanda Bastos, neuropsicóloga, o espectro autista é diverso. “Quando você conhece uma pessoa autista, você conhece apenas uma pessoa autista”, afirma.
Além disso, os números reforçam que a inclusão social de pessoas neurodivergentes deve ser prioridade. Márcio Pochmann, presidente do IBGE, destaca que as informações ajudam a identificar brasileiros que precisam de atenção especial — tanto das famílias quanto do Estado.
