O governo bloqueia R$ 31,3 bi no Orçamento de 2025, conforme decreto publicado na noite desta sexta-feira (30). A medida, antecipada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afeta diretamente ministérios estratégicos e inclui o corte de R$ 7 bilhões em emendas de bancada.
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Do valor total, R$ 10,6 bilhões correspondem a bloqueios que só serão liberados se houver redução nas despesas obrigatórias. Os outros R$ 20,7 bilhões referem-se a contingenciamentos, que podem ser revertidos conforme o desempenho da arrecadação federal ao longo do ano.
Entre os órgãos mais atingidos estão o Ministério das Cidades, com R$ 4,28 bilhões, seguido pela Defesa (R$ 2,59 bi), Saúde (R$ 2,36 bi), Desenvolvimento Social (R$ 2,12 bi) e Transportes (R$ 1,48 bi).
A decisão do governo federal, além de gerar reações em diversos setores, pressiona o Congresso Nacional. Os ministérios e órgãos atingidos têm até o dia 6 de junho para indicar quais ações e programas sofrerão os cortes.
Simultaneamente, o Palácio do Planalto anunciou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com expectativa de arrecadar R$ 20,5 bilhões. Segundo o ministro Haddad, a medida é essencial para cumprir a meta fiscal. Contudo, o Congresso apresenta resistência à proposta.
“Expliquei as consequências em caso de não aceitação da medida”, disse o ministro, reforçando que um novo contingenciamento poderá ser necessário. Caso isso ocorra, o funcionamento da máquina pública poderá ser comprometido.
