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Robótica no Sertão leva estudantes do RN ao MIT

Robótica no sertão com projeto inovador de estudantes do RN
Alunas do RN criam projeto robótico e representam o Brasil nos EUA. Foto: Divulgação

Alunas da Escola Estadual de Tempo Integral Dr. José Fernandes de Melo, em Pau dos Ferros (RN), foram selecionadas entre mais de 1500 jovens para representar o Estado em uma competição de ciência e robótica nos Estados Unidos

Uma ideia nascida no sertão do Rio Grande do Norte vai ganhar o mundo. Ana Luísa e Anne Louise, alunas da Escola Estadual de Tempo Integral Dr. José Fernandes de Melo, em Pau dos Ferros (RN), foram selecionadas entre mais de 1.500 jovens para representar o Brasil em uma das mais importantes competições internacionais de ciência e robótica, a Genius Olympiad (Olimpíada dos Gênios, em tradução livre) que será realizada no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Elas são as únicas representantes do Estado entre os participantes da edição deste ano e chegaram até lá com o projeto Redescobrindo a Caatinga, uma iniciativa com forte protagonismo juvenil, em especial feminino, que transforma os desafios do território em soluções tecnológicas e sustentáveis.

O destaque a ser apresentado na competição é o Rover, um carro robótico idealizado pela dupla com foco na realidade do semiárido potiguar: seu diferencial é ter a capacidade de transitar em terrenos pouco acessíveis a carros comuns, sendo, assim, uma opção viável para o deslocamento e a exploração da região da caatinga, área com muitos terrenos irregulares.

Construído em colaboração com colegas e com suporte técnico da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), o projeto inova ao aplicar robótica a um contexto local. Além do desenvolvimento do protótipo, as estudantes estão produzindo um artigo científico em inglês que será apresentado durante o evento, que acontece entre 6 e 10 de junho de 2025.

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“Esse projeto mostra que nossos alunos têm potencial para criar tecnologia de ponta a partir da realidade em que vivem. Mesmo com poucos recursos, eles provam que a ciência pode nascer no sertão e chegar ao mundo. Ver duas meninas do interior do Rio Grande do Norte apresentando uma solução tecnológica no MIT é a confirmação de que investir em educação pública de qualidade transforma vidas”, afirma a professora Jacicleuma de Oliveira Lima, coordenadora dos projetos na escola.

Do nordeste para os EUA: uma jornada que conecta saberes e culturas

A seleção de Anna Luiza e Anne Letícia para representar o Rio Grande do Norte na competição foi resultado de um processo criterioso, com prova objetiva, desafios técnicos e entrevistas. Em janeiro, elas participaram de uma imersão preparatória com estudantes norte-americanos, onde compartilharam experiências e aprofundaram o trabalho em equipe.

“Nunca imaginei que um projeto da nossa escola pudesse chegar tão longe. Estar entre tantos estudantes de outros países é assustador e incrível ao mesmo tempo. A gente está indo com o coração cheio de orgulho”, diz Ana Luísa.

Anne reforça o sentimento: “É incrível pensar que tudo começou aqui em Pau dos Ferros, com uma ideia nossa. A gente quer mostrar que tem muita gente inteligente e criativa no interior também.”

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Para a professora Jacicleuma, ver as alunas chegando ao MIT é emocionante, mas também resultado de um trabalho coletivo e contínuo.

“A gente sabe das dificuldades, mas também acompanha de perto o quanto eles são capazes. Esse projeto mostra que, quando o estudante é escutado e levado a sério, ele voa. E ver duas meninas do Alto Oeste levando uma ideia para fora do país… é de arrepiar.”

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