A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou nesta segunda-feira (30) que vai cumprir voluntariamente o pedido de nova autópsia no corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu ao escalar o vulcão Rinjani, na Indonésia, no dia 21 de junho.
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O pedido foi feito pela Defensoria Pública da União (DPU) e acatado pela 7ª Vara Federal de Niterói (RJ). O corpo de Juliana chegou ao Brasil nesta terça-feira (1º) e, segundo a DPU, a necrópsia deverá ocorrer em até seis horas após o desembarque, para garantir a preservação de evidências.
A AGU solicitou uma audiência urgente com a DPU e representantes do Estado do Rio de Janeiro, marcada para esta terça-feira (1º), às 15h, a fim de definir os detalhes do procedimento. A Polícia Federal já manifestou apoio para o transporte do corpo até o Instituto Médico Legal (IML), caso necessário.
A iniciativa da AGU atende a uma determinação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ordenou prioridade máxima no atendimento às demandas da família.
Dúvidas sobre a causa da morte
A nova autópsia foi solicitada por conta de inconsistências na certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, baseada em uma primeira autópsia feita na ilha de Bali. O laudo apontava morte imediata por traumatismo craniano no dia 21 de junho.
No entanto, imagens captadas por drones de turistas levantaram a suspeita de que Juliana poderia ter sobrevivido ao acidente inicial e aguardado por socorro por vários dias, o que poderia indicar omissão de socorro por parte das autoridades indonésias.
Segundo o procurador Glaucio de Lima e Castro, da AGU, o governo acompanha o caso desde o início com atenção humanitária e institucional.
“Compreendemos que a postura mais adequada seria colaborar para que as providências solicitadas pela família sejam tomadas com celeridade e efetividade”, afirmou.
A expectativa é que o novo exame esclareça as reais causas e o momento da morte da jovem brasileira, cuja morte gerou comoção internacional.
