Bolsonaro vincula anistia ao futuro econômico do Brasil. Neste domingo (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se pronunciar sobre as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, anunciadas por Donald Trump na última quarta-feira (9).
Leia também:
“Paz e diálogo”: Michelle Bolsonaro critica Lula em carta
Segundo Bolsonaro, a decisão do aliado norte-americano tem motivações ideológicas e não econômicas. “Tem muito mais, ou quase tudo, a ver com valores e liberdade, do que com economia”, escreveu ele nas redes sociais.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro sugeriu que a resolução da crise comercial passa pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, dos quais ele é um dos principais réus.
“O tempo urge, as sanções entram em vigor no dia 1º de agosto. A solução está nas mãos das autoridades brasileiras”, afirmou o ex-presidente. Ele ainda declarou que “em havendo harmonia e independência entre os Poderes, nasce o perdão entre irmãos e, com a anistia, também a paz para a economia”.
Bolsonaro vincula anistia ao fim das sanções
Anteriormente, na quinta-feira (10), Bolsonaro já havia pedido “ação urgente” dos Poderes para impedir o tarifaço. Na ocasião, ele também alegou sofrer perseguição política, o que teria motivado a decisão de Trump.
Além disso, os filhos de Bolsonaro reforçaram o discurso. O senador Flávio Bolsonaro defendeu que o Congresso aprove rapidamente a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Já Eduardo Bolsonaro afirmou que o alvo da taxação seria o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Por outro lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que Trump está mal informado e que os EUA têm superávit na balança comercial com o Brasil. Lula também reafirmou a independência do Judiciário nos julgamentos.
