O tarifaço dos EUA sobre exportações brasileiras completa um mês neste sábado (6). Desde o início da cobrança extra, o Brasil intensificou negociações diplomáticas, lançou medidas de apoio a empresas e reforçou a defesa da soberania nacional.
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Logo, em julho, o ex-presidente americano Donald Trump anunciou a taxação de 50% sobre produtos brasileiros, alegando déficit comercial. Entretanto, dados oficiais mostram que, nos últimos 15 anos, os EUA acumularam superávit de quase US$ 410 bilhões na balança com o Brasil.
Impactos e exceções
O tarifaço entrou em vigor em 6 de agosto. Apesar da medida, cerca de 700 itens ficaram isentos, entre eles aeronaves, fertilizantes, minérios e combustíveis. Conforme o Ministério do Desenvolvimento, 64,1% das exportações brasileiras seguem competitivas no mercado americano, mas setores como siderurgia, frutas e calçados já relatam forte impacto.
No Ceará, por exemplo, mais de 90% das vendas para os EUA sofreram aumento de custos. Em Petrolina (PE), produtores de manga e uva enfrentam incertezas sobre o destino da safra. Já em Franca (SP), a indústria calçadista teme demissões.
Defesa da soberania e apoio interno
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reiterado que o país não aceitará “desaforos” e acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a medida americana. Além disso, o governo lançou o Plano Brasil Soberano, que prevê R$ 30 bilhões em crédito, prorrogação de benefícios fiscais e apoio direto a empresas exportadoras.
Perspectivas
Especialistas avaliam que a negociação institucional com os EUA deve continuar. Segundo o professor José Niemeyer, do Ibmec-RJ, o Brasil agiu com cautela e conseguiu preservar parte das exportações. No entanto, a queda de 18,5% nas vendas para os EUA em agosto já reflete os efeitos do tarifaço.






















































